quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

But .

Uma garrafa, nada mais, ali te esperando, chamando seu nome e a dizer que é preciso beijá-la engolir tudo e depois pestanejar o que ela diz, o que pensa, beber-lhe a alma líquida que voraz te domina. A garrafa que faz-te chorar, sorrir, brincar, brigar, que te tira a vida, que te desmancha por dentro e consola o amor.
Existe dias, noites, tardes. Você passa a pular o tempo e a não contar...

"Por que empalideces, Solfiere? A vida é assim. Tu o sabes como eu o sei. O que é o homem? É a escuma que ferve hoje na torrente e amanhã desmaia alguma coisa de louco e movediço como a vaga, de fatal como o sepulcro! O que é a existência? Na mocidade é o caleidoscópio das ilusões, vive-se então a seiva do futuro, Depois envelhecemos quando chegamos aos trinta anos e o suar das agonias nos grisalhos cabelos antes do tempo e murcharam, como nossas faces, as nossas esperanças oscilamos entre o passado visionário e este amanhã do velho, gelado e ermo despido como um cadáver que se banha antes de dar a sepultura! miséria! loucura!"





But why should I for others groan, when none will sigh for me?
Childe Harold, I.

Nenhum comentário:

Postar um comentário