Naquela noite de outubro eu não esperava nada, apenas corria para casa em um estado de graça, sem pudor, com um gosto de beijo não dado na boca que me era a coisa mais intensa que eu havia começado a sentir. As estrelas me olhavam lá de cima, eu agradecia a cada poeira no caminho por aquele pedido tão estranho, que nunca tinham feito, assim, na minha frente. Eu ria da cara de minha mãe que estava transtornada com aquilo tudo, e ainda mais das palavras que meu irmão balbuciava e que me deixaram em êxtase supremo.
Pela primeira vez eu corria pelas ruas com desejo, peguei de súbito o telefone e liguei pra uma amiga e contei tudo, cada detalhe, cada palavra. A feição de ver de longe alguém que te queria, e a sensação de dizerem o contrario do que você transparecia. Fiquei horas falando sobre isso. Nunca dormi tão contente esperando por um novo dia como naquela noite.
Fui embora olhando para trás, esperando que ele me seguisse por essas ruas tontas com sua garrafa na mão a me agarrar, eu esperava, por mais vulgar que seja, que ele me encontrasse e me arrancasse uma vez o coração e deixasse mais do que um simples beijo...
Pela primeira vez eu corria pelas ruas com desejo, peguei de súbito o telefone e liguei pra uma amiga e contei tudo, cada detalhe, cada palavra. A feição de ver de longe alguém que te queria, e a sensação de dizerem o contrario do que você transparecia. Fiquei horas falando sobre isso. Nunca dormi tão contente esperando por um novo dia como naquela noite.
Fui embora olhando para trás, esperando que ele me seguisse por essas ruas tontas com sua garrafa na mão a me agarrar, eu esperava, por mais vulgar que seja, que ele me encontrasse e me arrancasse uma vez o coração e deixasse mais do que um simples beijo...
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