De repente o telefone tocou, ele procurou desesperadamente o aparelho dentro dos bolsos até encontrar, com as mãos tremulas atendeu e com a voz embargada arriscou um 'Alô?', logo sua face corou, subiu sete tons e caiu os outros sete, olhou para um lado e para o outro, mas não viu nada. Algo o agarrou por trás, ele deixou o telefone cair e se espatifar em mil pedaços coloridos no chão que cintilava junto as vitrines. Não houve reação, ele esperava por esse abraço, procurava esse abraço, compraria outro telefone, mas não poderia comprar um abraço, nada comparava-se com aquilo que iria sentir.
As pessoas sentadas às mesas comiam assistindo aquilo tudo, algumas fascinadas, outras horrorizadas e outras satisfeitas. Mas nada podia abalar aquele íntimo, aquele gosto de terra molhada, a nostalgia de meses atrás, enfim, seu momento feliz.
Olhou para trás e viu, abriu bem os olhos para enxergar ainda mais e algo molhado rolou deles. Parece que ficaram horas ali, um olhando para a cara do outro, tão pertos, mas pareciam tão distantes, parados observando cada traço, cada lágrima que insistia em cair.
E por fim o sorriso, a poesia que retorce os lábios e mostra os dentes. A boca que salta em harmonia para consentir algo.
Não havia mais desespero, seu coração foi devagar, se repousaram um nos braços do outro e mais uma vez foram felizes ali mesmo, com alguns olhando sorrindo, outros horrorizados, entre mil pedaços brilhantes, vitrines e um chão que sustentava todo aquele peso que era amar.
As pessoas sentadas às mesas comiam assistindo aquilo tudo, algumas fascinadas, outras horrorizadas e outras satisfeitas. Mas nada podia abalar aquele íntimo, aquele gosto de terra molhada, a nostalgia de meses atrás, enfim, seu momento feliz.
Olhou para trás e viu, abriu bem os olhos para enxergar ainda mais e algo molhado rolou deles. Parece que ficaram horas ali, um olhando para a cara do outro, tão pertos, mas pareciam tão distantes, parados observando cada traço, cada lágrima que insistia em cair.
E por fim o sorriso, a poesia que retorce os lábios e mostra os dentes. A boca que salta em harmonia para consentir algo.
Não havia mais desespero, seu coração foi devagar, se repousaram um nos braços do outro e mais uma vez foram felizes ali mesmo, com alguns olhando sorrindo, outros horrorizados, entre mil pedaços brilhantes, vitrines e um chão que sustentava todo aquele peso que era amar.
Alessandro Ribeiro.
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