quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Insatisfeitos 17/11


Um dia eu pensei como as coisas fluiriam, não só um dia, mas meses e talvez isso se configure em anos da minha existência frágil e ágil. Eu pensava em como tudo poderia acontecer com um excesso incansável de probabilidades e detalhes sórdidos. Nunca pensei em como morreria, mas pensei sempre com o que viveria e como seria cada encontro são da minha vida, e as loucuras foram muitas. Tantas, que das quais eu fiz muito para provar o que estava em mim, mas soube depois que no fundo elas pouco valiam.
Existe pouco de sanidade quando se ama alguém, você não pensa muito pra onde vai, apenas sonha, mas sonhar é bom, o ruim é saber que as ilusões são por fim ilusões. Matar ou morrer.
Um dia de tensão, entre o que eu sinto e o que eu estou disposto a fazer, parece fácil, mas não o é quando não mais está disposto a viver, esse é o certo.
As extremidades estão famintas já, não era hora de dizer, mas é necessário deixar bem claro antes que as coisas se explodão na escuridão sem ao menos serem explicadas de uma forma mais plausível.
Sei, mas é difícil, eu quero coisas que estão muito longes de mim, mas não impossíveis.
É esse tanto que perto de mim sinto nada. Eu sinto a sincronia dos pulsos, mas não dos corações, pode haver a mesma matéria que inaudita as veias, mas deveras não ser a mesma alma que rege os corpos
Sempre fui uma das pessoas mais seguras no que eu fazia, mas hoje essa segurança me falta, parece que como uma prega vocal que eu sinto vontade gritar e não posso, ela me falta.
Nossa. Como é uma dor indefinida e gostosa ao mesmo eixo, amar é esse extremo, não é estar em um lugar apenas, mas em dois, três, quatro, infinitos lugares ao mesmo tempo. Insegurança, amor, indefeso, tristonho, alegre , sorridente, calmo, sereno, explosivo.
Risadas sem graça ou com toda a vontade do mundo.


Sequências de inseguranças seguras, um paradoxo (in)perfeito de tudo que existe.

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