quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Mentiras 17/11

Não havia mais milagres, por onde andei nasceram ervas daninhas que tamparam todo o caminho de volta pra casa. Não quis colocar migalhas, pois apodreceriam no caminho e não existiam pássaros para comê-las mais tarde.
As únicas coisas reais que aconteceram nesse pressagio de tentação foi o amor, único e puro, que eu ainda sinto aos poucos quando o vento toca meus lábios, meu cabelo e meu corpo. Meus sonhos são ainda piores, há aquela dúvida de volta, aquele frio na barriga que te remói por dentro, e gritos de esperança forçada.
Nos sonhos esse amor vem junto com um beijo, depois sexo, e amor novamente, totalmente sério. É que eu já não tenho pra quem dizer essas coisas ou esses ventos incertos dentro de mim, a única que supostamente me resta é um coração todo indefinido de paixões conturbadas e pudor. Mas o que ainda me vem a mente quase todos os dias é a tentação, sim, chega a ser tentação de sentir, algum dia, o seu possível amor.
Retroceder não me trataria tudo de volta, melhor que nada acontecesse, jamais.

Estou oco por dentro, sem muito o quê escrever e sem histórias fantásticas pra amadurecer dentro de mim, por vezes suspeito que estou perdendo, cada vez mais, aquilo que me sustenta. Caótico. Bloqueado.
Romance ruim.

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